sexta-feira, 25 de julho de 2014

Cambridge Shakespeare Festival




Na semana passada fomos ver uma peça do Festival de Shakespeare, que ocorre todos os verões nos jardins dos Colégios da Universidade de Cambridge. Tivemos a visita do Pedro, que nos visitou também para ver os Monty Python e foi um final de tarde bastante interessante, passado no Fellow's Garden do King's College.

Neste festival é normal as pessoas verem as peças sentadas em mantas de piquenique degostando diversas iguarias no intervalo. Nós, como bons portugueses começámos a ficar com fome e a abrir sorrateiramente embalagens para enganar o estômago gerando diversos olhares depreciativos por parte de uma senhora sentada ao nosso lado. Por acaso estávamos a fazer mais barulho que a família da frente que tinha 4 crianças entre os 6 meses e os 10 anos de idade a assistir bem atentas a tudo o que se passava em palco... Ou melhor, na relva.


No intervalo, a senhora incomodada connosco fartou-se de dar os parabéns à mãe das 4 crianças dizendo que elas eram muito quietas e bem comportadas. Não percebi a indirecta...
Quanto à peça, há que dizer que inglês do Século XVII não é o mais perceptível, mas com a ajuda da Wikipédia no telemóvel e sem andar a ver palavra a palavra uma pessoa lá vai entendendo a história.
Foi por isso "Um sonho de uma noite de Verão".
Ei, que trocadilho mais estúpido. Já aprendias a escrever coisas de jeito, não?

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Monty Python: One down. 5 to go!


E como seria de esperar lá fui à O2 Arena ver o último espectáculo dos velhinhos Monty Python.
Velhinhos mas ainda cheios de genica, com alguns sketches novos, novas animações do Terry Gilliam e uma repetição sem fim dos seus melhores sketches. Não foi nenhuma novidade mas sim a sensação de estar num momento histórico. E sempre a rir num espectáculo longo e acima de tudo honesto.
Algures a meio apareceu o Prof. Brian Cox (um David Attenborough moderno da física) a criticar a Galaxy Song aqui em Cambridge. A sorte é que apareceu o Stephen Hawking a confirmar as teorias, a atropelar o Brian Cox de cadeira de rodas e a cantar a mesma música. A solidariedade entre pessoas que estudaram em Cambridge funciona sempre. SIm, Stephen Hawking vive cá e três elementos do Monty Python estudaram cá (John Clease, Eric Idle e Graham Chapman).
No final ainda tivemos um Medley de sketches em que o Michael Palin dedicava-se a confundir o John Cleese até tudo acabar com a "Always Look on the Bright Side of Life."
E por fim: "Piss Off"



terça-feira, 22 de julho de 2014

Portuguese Festival (Peterborough)


Como bons emigrantes que somos não podíamos falhar o Festival Português de Peterborough!
Peterborough é a maior cidade de Cambridgeshire, inclusive maior que Cambridge, e fica a cerca de 70 km da nossa cidade.
Parece que vive lá uma enorme comunidade portuguesa capaz de organizar um festival de grandes dimensões no local mais nobre da cidade, a Praça da Catedral. Bem... De facto é no espaço mais nobre da cidade, mas em termos de dimensões, não estamos a falar de um Glastonbury.
Quando chegámos, apesar de serem seis da tarde já se via por todo o lado gente a comer entremeada, costelinha, bifana ou sardinha assada não faltando também as barraquinhas de pastel de nata e pão português. É, por isso, gente já adaptada aos hábitos britânicos.
No entanto, apesar de estar num festival português, não me senti em casa. Aliás, confesso que me identifico mais com os ingleses do que com os portugueses que estavam ali. Nada contra, mas senti-me entre Algueirão Mem-Martins e a Damaia, com tudo o que isso possa implicar.
Um dos momentos altos, para mim, foi a altura em que encontrei as casas de banho, já que estava a sofrer bastante. Na altura entrei num shopping ali perto mas que na realidade ocupava metade de Peterborough e tive que atravessar até à outra ponta para poder encontrar o WC no último piso do parque de estacionamento. Foi aí que tive a minha primeira alegria do festival, sem dúvida.
Aproveitámos depois para visitar a outra metade da cidade, que fica fora do shopping, e pudemos ver que não era muito bonito, mas também não tão feio como a Damaia ou Algueirão Mem-Martins, apesar de encontrarmos por todo o lado pessoal que deve ter vindo daí.
Mais tarde, tivemos outro momento alto quando comemos um pastel de nata numa barraquinha de dois senhores que se sentiam tão deslocados da festa como nós e que pela cumplicidade ofereceram-nos 5 fatias de bola de carne e uma garrafa fresquinha de Água do Luso. Obrigado pela solidariedade Coffee and Traditions, estava tudo óptimo.
Tivemos também direito a diversos números musicais, incluido Paul Potts, o primeiro vencedor do Britain's Got Talent e com um vídeo famoso no Youtube:



Para finalizar o organista Sérgio Verónica, ou melhor, quase até ao fim, porque o organista Cláudio ainda lá foi dar uma perninha e ele até sabia tocar o Apita o Combóio num órgão que não era dele. Pelo menos a primeira parte em que o combóio vai até à Covilhã sabia cantar. Cantar? Bem, algo do género.
(No final do vídeo o meu telemóvel bloqueou mas até foi engraçado ouvir os comentários anónimos que foram feitos na altura).




No final voltamos a Cambridge satisfeitos, foi uma excelente experiência sociológica e até nos divertimos bastante!

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Le Tour en Angleterre

Como já tinha dito, tive a possibilidade, juntamente com o meu pai de assistir ao vivo pela primeira vez uma etapa do Tour de France. Esta é uma das vantagens de viver em Inglaterra. Poder assistir a grande eventos como a Volta a França. Por exemplo, se vivesse em França tinha hipóteses de ver a Volta à Grã-Bretanha que é muito menos interessante.
Chegámos bem cedinho, às 9 da manhã (a partida era às 12:30) para podermos apreciar tudo e realmente deu logo perceber que é um evento de outro mundo.


Ainda deu para ficar junto ao palco
 Da noite para o dia montaram um enorme espaço VIP, um palco enorme com animação que já tinha começado antes de chegarmos.
Seguiu-se um desfile da caravana publicitária com tudo, desde carros-garrafa a bules de chá gigantes.
Depois, juntamente com mais alguns portugueses fomos para junto do autocarro da Lampre-Merida, a equipa de Rui Costa e Nélson Oliveira.
O Nélson que é uma pessoa muito simpática e acessível veio falar connosco (entre nós estava o Tiago Brandão Rodrigues, adido olímpico em Londres, português mais famoso de Cambridge e amigo de ambos os ciclistas).

Eu, Tiago Brandão Rodrigues e Nélson Oliveira

Já o Rui Costa estava a ser solicitado por patrocinadores por todo o lado apenas pôde acenar. Acredito que se não fosse o seu estatuto de chefe-de-fila teria estado connosco tanto tempo quanto o Nélson Oliveira. Mas ainda bem que é assim!
Seguiu-se nova romagem ao palco para ver os ciclistas a assinarem o livro de ponto e, dada a quantidade de gente nas estradas só os vimos partir pelo ecrã gigante.

Alberto Contador antes de partir a perna


Mas a história não acaba aqui! Dado que os comboios andam mais depressa que os ciclistas, eu e o meu pai rumamos a Londres para os ver a chegar à meta. E assim foi, Kings Cross, depois metro até Embankment e apesar de estar tudo apinhado de gente lá arranjei um lugar no topo de um viaduto para os ver passar durante uns 15 segundos.
Mas pronto, não se viram só os ciclistas do Tour. Carros de apoio, polícias, merchandising e até infiltrados foram passando pelas ruas de Londres.
No final ainda fomos à zona da meta e vimos uma estrutura ainda maior que a montada em Cambridge, com áreas VIP, bancadas e espaços para acomodar os milhares que ali se deslocaram.
Para mim, que acompanho o Tour pela televisão ininterruptamente desde 1995 foi um dia inesquecível.


15 segundos de ciclismo


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Leão de Volta

Em Cambridge há um centro comercial chamado Lion Yard.
Como seria de esperar tinha um Leão Vermelho nas suas instalações. No entanto, por não cumprir a legislação de Higiene e Segurança (Health and Safety) foi colocado numa jaula para não fazer mal a ninguém. A questão é que era uma jaula isolada num local em que ninguém tinha acesso para ver o pobre do bicho.
Hoje finalmente uma boa notícia. O Leão foi libertado e vai poder voltar à sua casa no centro comercial.
Ah, em baixo está uma foto dele:




























http://www.cambridge-news.co.uk/imagelibrary/Client%20Images/Client00004/00296000/00296971.jpg

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Le Tour en Angleterre

Este ano a Volta a França começa em... Inglaterra. Mais propriamente em Yorkshire. E porquê?
Ora, porque pagaram uma bela maquia à empresa que organiza o Tour.
Mas há algo ainda melhor. A terceira etapa já não é no Yorkshire, mas como precisavam de chegar a França de alguma maneira, a melhor solução foi fazer uma etapa que terminasse em Londres para depois apanharem o Eurostar em direcção ao país do Tour.
Pois bem, e onde começaria? Obviamente numa cidade que desse dinheiro e que estivesse de algum modo associada à bicicleta. Como dinheiro e bicicletas são duas coisas que não faltam em Cambridge, a escolha foi óbvia. E eu a bater palmas!

Eu já com a camisola amarela pronto a iniciar a terceira etapa
E, poucos dias antes já não se fala noutra coisa. As lojas têm bicicletas nas montras, grande parte das empresas, escolas e universidades vão estar fechados no grande dia e a cidade vai parar totalmente na altura da partida.
Eu tirei o dia de férias e vou tentar estar na partida, e depois na chegada em Londres, com a ajuda do comboio.
Vamos ver como corre. No final estarei aqui para partilhar a minha primeira experiência de Tour.
Podem saber mais detalhes sobre a estapa aqui.